terça-feira, 13 de abril de 2010

Parte II

Compreender Renata não é nada fácil, como não amar alguém que a ama com toda intensidade de um amor puro?! Como não se dedicar a alguém que lhe confere dedicação com total devoção?! E, pior ainda, pensar naquele que não merece uma lágrima dos olhos de uma mulher?! É duro, tem momentos que tudo a irrita, por mais que se lute para amar a tarefa parece se complicar a cada dia.
O casamento ia relativamente bem, numa vida rotineira simples, até chegar àquele dia ... Ai meu Deus ... àquele dia! O dia que um simples "Oi" mudara a vida de Renata. Era ele, aquele, que Renata aguardara a tempos, que jamais esquecera daquele beijo do final de novembro ... E agora, ele estava ali, frente a frente...
Ana estava na eterna busca por achar a diretriz de sua vida, vivendo momentos felizes e infelizes, mas muito mais de angústia e de incertezas do que de uma vida segura como aquela que ela costumava contar aos amigos. Estava na busca pela tal felicidade, pelo tal amor, que sempre quando surgia lhe dava uma rasteira e se recolhia num toque de segundo, assustado, tentado achar novamente seu chão.
Seguia sua vida, na busca eterna por uma história feliz por mais que na maioria das vezes lhe parecesse irreal.
Bruna continuava a sofrer calada a devoção que dava a seu marido que nada lhe merecia. Era pertubador pensar num fim. Como contar aos amigos e familiares?! O que os outros poderiam pensar era algo de grande importância em sua vida, ainal sempre se preocupara em não desapontar a ninguém. E assim, nessa vida de lamúrias interiores, de um monólogo triste diário, ela segue, sem desatinos, mas amando com toda alma...

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